Tristão de Alencar Araripe
Tristão de Alencar Araripe | |
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Presidente da província do Rio Grande do Sul | |
Período | 4 de abril de 1876 a 5 de fevereiro de 1877 |
Antecessor(a) | José Antônio de Azevedo Castro |
Sucessor(a) | João Dias de Castro |
Presidente da província do Grão-Pará | |
Antecessor(a) | João Lourenço Pais de Sousa |
Sucessor(a) | João Antônio de Araújo Freitas Henriques |
Dados pessoais | |
Nascimento | 7 de outubro de 1821 Icó |
Morte | 3 de junho de 1908 (86 anos) Rio de Janeiro |
Nacionalidade | Brasileiro |
Progenitores | Mãe: Ana Tristão de Araripe Pai: Tristão Gonçalves de Alencar Araripe |
Alma mater | Faculdade de Direito do Largo de São Francisco |
Ocupação | Escritor, magistrado e político |
Assinatura | |
Títulos nobiliárquicos | |
Oficial da Imperial Ordem da Rosa | 24 de janeiro de 1874 |
Tristão de Alencar Araripe (Icó, 7 de outubro de 1821 — Rio de Janeiro, 3 de junho de 1908) foi um escritor, magistrado, jurista, heraldista e político brasileiro.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho do coronel Tristão Gonçalves de Alencar Araripe (revolucionário da Confederação do Equador) e de D. Ana Tristão de Araripe - intitulada, Ana "Triste", após a morte do marido - foi estudar Direito na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, na então Província de São Paulo, tendo se graduado em 4 de novembro de 1845.
Passou por diversos cargos públicos, como juiz municipal de Fortaleza, em 1847; juiz de Direito de Bragança, na então Província do Pará, em 1854; juiz especial do Comércio, de Recife; desembargador das Relações da então Província da Bahia e da Província de São Paulo (das quais foi presidente) e da Corte; presidente do Rio Grande do Sul e da Província do Pará; ministro do Supremo Tribunal de Justiça; ministro da Justiça e da Fazenda (no governo do generalíssimo Deodoro); chefe de polícia na então Província do Espírito Santo (1856), Pernambuco (1858) e Ceará; conselheiro de Estado; presidente das províncias do Rio Grande do Sul e da então província do Pará por decreto de 30 de agosto de 1885, assumindo em 5 de outubro de 1885 e sendo exonerado do cargo em 16 de março de 1886; deputado da província do Ceará (em três legislaturas); oficial da Imperial Ordem da Rosa, por decreto de 24 de janeiro de 1874; e Membro de inúmeras associações culturais dentre elas o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro. Nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal permaneceu no cargo até a sua aposentadoria, em 25 de janeiro de 1892.
Foi casado com sua prima-irmã Argentina Franklin de Alencar Lima, com quem teve oito filhos, entre os quais, Araripe Júnior, advogado e intelectual brasileiro e Argentina de Alencar Araripe, casada com João Tomé da Silva.
Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 3 de julho de 1908, sendo sepultado no Cemitério São Francisco Xavier.
É Tio-Avô de seu homônimo, Marechal Tristão de Alencar Araripe (1894-1969).
É autor do desenho do brasão de Fortaleza e ainda compoz projetos de escudos, alguns excelentes, para todos os Estados e principais cidades do Brasil tais como Ouro Preto/MG, Curitiba/PR.[1]
Bibliografia publicada
[editar | editar código-fonte]Tem uma vasta obra literária, histórica e jurídica publicada, as vezes com o pseudônimo de Philopoemen. Algumas de suas obras mais importantes são:
- Eleição de 1853 (Pernambuco Philopoemen, 1863);
- Males Presentes (Pernambuco Philopoemen, 1864);
- História da Província do Ceará, desde os tempos primitivos até 1850 (Tipografia do Jornal do Recife, 1867);
- O Rei e o Partido Liberal (Recife, 1869);
- Negócios do Ceará (Tipografia Imp. e Const. De J. Villeneuve& Cia., 1872);
- A Questão Religiosa, o Beneplácio e a Desobediência (1873);
- Como cumpre escrever a história pátria (1876);
- Patriarcas da Independência (1876);
- Consolidação do Processo Criminal do Império do Brasil (1876);
- Primeiras linhas sobre o processo orfanológico (1879);
- Pater-famílias no Brasil nos tempos coloniais (1880);
- Visconde do Rio Branco na Maçonaria (1880);
- Guerra Civil no Rio Grande do Sul (1881);
- Notícias sobre a Maioridade (1882);
- 25 de março. O Ceará no Rio de Janeiro (1884);
- Classificação das leis do processo criminal e civil (1884);
- Código Civil Brasileiro (1885);
- Neologia e Neografia Geográfica do Brasil (1885);
- Expedição do Ceará em auxílio do Piauí e Maranhão (1885);
- Independência do Maranhão (1885);
- Movimento Colonial da América (1893);
- Primeiro navio francês no Brasil (1895);
- Cidades petrificadas e inscrições lapidares no Brasil (1896);
- Primazias do Ceará (1903).
- Traduções
- Ataque e tomada da cidade do Rio de Janeiro pelos franceses em 1711, sob o comando de Duguay-Trouin;
- Vida do Padre Estanislau de Campos;
- História de uma viagem à terra do Brasil, por João de Leri;
- Relação verídica e sucinta dos usos e costumes dos Tupinambás, por Hans Staden;
- Comentários de Álvaro Nunes Cabeça de Vaca, por Pedro Fernandes;
- História do Ceará – 2ª Parte (inédita).
Referências
- ↑ RIBEIRO, Clóvis (1933). Brazões e Bandeiras do Brasil. São Paulo: São Paulo Editora
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Biografia no sítio do Ministério da Fazenda do Brasil
- Biografia no sítio do Supremo Tribunal Federal
- «Relatorio com que o Exm. Sr. Conselheiro Tristão de Alencar Araripe passou a administração desta provincia ao Exm. Sr. Dr. João Dias de Castro, 2º Vice-Presidente, no dia 5 de fevereiro de 1877. Porto Alegre, Typographia do Jornal do Commercio, Largo d'Alfandega junto ao correio geral, 1877.» Disponibilizado pelo Center for Research Libraries.
- Fala com que o exmo. conselheiro Tristão de Alencar Araripe, presidente da província do Pará, abriu a sessão extraordinária da Assembléia Legislativa Provincial no dia 5 de novembro de 1885
- Fala com que o exmo. sr. conselheiro Tristão de Alencar Araripe, presidente da província do Pará, abriu a 1ª sessão da 25ª legislatura da Assembléia Provincial no dia 25 de março de 1886
- Relatório com que o exmo. sr. conselheiro Tristão de Alencar Araripe passou a administração da província ao exmo. sr. conselheiro João Antônio de Araújo Freitas Henriques em 15 de abril de 1886
- Relatório apresentado ao Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro de Estado dos Negócios da Fazenda Tristão de Alencar Araripe em junho de 1891
Precedido por José Antônio de Azevedo Castro |
Presidente da província do Rio Grande do Sul 4 de abril de 1876 — 5 de fevereiro de 1877 |
Sucedido por João Dias de Castro |
Precedido por João Lourenço Pais de Sousa |
Presidente da província do Pará 1885 — 1886 |
Sucedido por João Antônio de Araújo Freitas Henriques |
Precedido por Manoel Fellipe Monteiro |
Ministros do Supremo Tribunal de Justiça 1886 — 1890 |
Sucedido por — |
Precedido por — |
Ministros do Supremo Tribunal Federal 28 de fevereiro de 1891 — 25 de janeiro de 1892 |
Sucedido por Antônio Joaquim de Macedo Soares |
Precedido por Ruy Barbosa |
Ministro da Fazenda do Brasil 22 de janeiro a 4 de julho de 1891 |
Sucedido por Henrique Pereira de Lucena |
Precedido por Cesário Alvim |
Ministro do Interior do Brasil 22 de maio a 23 de novembro de 1891 |
Sucedido por José Higino Duarte Pereira |
- Nascidos em 1821
- Mortos em 1908
- Governadores do Rio Grande do Sul (Império)
- Governadores do Pará (Império)
- Ministros do Governo Deodoro da Fonseca
- Ministros da Fazenda do Brasil
- Ministros do Interior do Brasil
- Ministros do Supremo Tribunal Federal (Império)
- Ministros do Supremo Tribunal Federal
- Deputados provinciais do Ceará
- Oficiais da Imperial Ordem da Rosa
- Escritores do Ceará
- Naturais de Icó
- Mortos no Rio de Janeiro (cidade)
- Família Alencar Araripe
- Heraldistas do Brasil